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Distúrbio Bipolar

No passado chamada de Psicose Maníaco-Depressiva, o Distúrbio Bipolar atinge 0,5% da população e é caracterizado por dois quadros: mania e depressão. Não necessariamente as fases se sucedem, podendo ocorrer apenas uma delas.
A idade média de início do transtorno é de 30 anos. No entanto o primeiro episódio pode ocorrer ao redor dos 5 ou 6 anos até aos 50 anos, sendo que 50% dos pacientes portadores deste distúrbio apresentam parentes também com alguma forma de Distúrbio de Humor.

Vamos analisar separadamente cada uma das fases do Distúrbio Bipolar:

Depressão

Também chamada de Depressão Endógena

À depressão precede geralmente um período em que o paciente não se sente perfeitamente bem. Poderíamos chamar de "aura depressiva", que é uma série de sensações, muitas vezes reconhecidas pelo próprio indivíduo, que antecedem a crise. Já não se levanta com a mesma disposição, sai menos, se sente menos disposto e ativo e já não consegue dar conta do serviço como antes. Decorrido algum tempo, o paciente cai em depressão.
Sintomas da Depressão Endógena:

(Observe que nem todos os sintomas estão sempre presentes)

    Atividade inibida até total inércia. Pode passar dias sem levantar da cama ou sair de casa.
    Disposição melancólica, até total desesperança. Posicionamento extremamente pessimista quanto ao futuro
    Reflexão inibida, chegando a impossibilidade de prosseguir até o fim com qualquer pensamento.
    Perda do interesse pelas coisas e pelas pessoas que gostava, levando a um estado de isolamento social.
    Interpretação pessimista do passado. O passado se torna uma lembrança sombria, cercada de culpa ou uma impossibilidade de retorno.
    Isolamento - inclusive com grande dificuldade em estabelecer laços sociais.
    Culpabilidade e auto-recriminação.
    Adormecer com dificuldade, dormir mal, acordar cedo, não ter vontade de se levantar, nem tampouco de ficar deitado. Pode também ocorrer o sono em demasia, quadro encontrado principalmente na adolescência, onde o dormir é uma forma de fuga da realidade.
    Diminuição do apetite com perda acentuada de peso. Em alguns casos ocorre o oposto, ganho excessivo de peso.
    Apatia
    Redução do desejo sexual
    Idéias fixas hipocondríacas, acreditando que está padecendo de algum mal incurável
    Idéias suicidas, podendo passar ao ato. Na fase aguda, apesar da idéia existir, falta a energia necessária para efetivar a ação.
    Não conseguem nem sentir alegria, nem tristeza ("sensação da falta de sentimentos").

Mania

Da mesma forma que falamos em "aura-depressiva", também podemos falar de uma série de sintomas que antecedem a crise maníaca. O paciente se sente um pouco mais inquieto, expansivo, com menos necessidade de sono. Sente-se pleno, animado, com mil projetos. Na realidade, está bem pouco produtivo. Podemos então falar em uma fase leve de Mania ou Hipomania, na qual não ocorre a perda da auto crítica e a agitação psico-motora está aumentada. A pessoa pode viver anos neste estado.
Sintomas da Mania –

(Como na fase Depressiva nem todos os sintomas estarão presentes simultaneamente.)

    Disposição alegre, até excessivamente alegre - A impressão é de uma excessiva excitação e irritação.
    Atividade acelerada e até caótica - o paciente se encontra basicamente em estado de hiperatividade, o que não significa dizer que ele se encontre mais produtivo.
    Sensação de Onipotência – Tudo sabe, tudo pode, tudo consegue. Pode chegar a perder somas vultuosas e se endividar.
    Reflexão acelerada, podendo ser caótica
    Interesse por tudo
    Otimismo
    Hiper socializável – Associada à ausência de senso crítico pode levar ao paciente a fazer parceria com pessoas que coloquem a si e a seus familiares em risco.
    Nenhuma senso de culpabilidade.
    Dormir pouco
    Bem disposto
    Perda do senso crítico

Sexualidade exacerbada – Este aumento da libido pode levá-lo a situações críticas.

Os resultados sociais e econômicos de uma fase Maníaca podem ser devastadores para si e para os familiares, juridicamente se fala em Incapacidade Temporária, o que pode acarretar uma profunda depressão no período seguinte.

Ao contrário da fase Depressiva o paciente Maníaco não se sente doente o que pode dificultar em muito seu tratamento.

Diagnóstico Diferencial

Algumas vezes o paciente depressivo pode apresentar ataques de ansiedade com sudorese, palpitações e tremor, verdadeiros ataques de pânico, o que não quer dizer que tenha desenvolvido a Síndrome do Pânico

Alguns casos de depressão se caracterizam por dores vagas e difusas pelo corpo ou na cabeça, com vários exames laboratoriais normais, o que pode acarretar um pensamento fixo no paciente depressivo de que está padecendo de algum mal incurável.

A Depressão pode estar mascarada por uma doença física, conseqüente ou associada á própria Depressão, como úlcera, infarto, gastrite, dores reumáticas e tantas outras do campo da Psicossomática as quais necessitam de um tratamento paralelo.

As pessoas na Terceira Idade podem apresentar um quadro clínico com falta de memória às vezes mais evidente do que a própria Depressão. Isto leva a uma possibilidade diagnostica de Arteriosclerose ou Alzheimer. A reação ao tratamento com antidepressivo poderá ser a prova terapêutica necessária para se estabelecer um diagnóstico diferencial.
Tratamento:

Psiquiátrico – Os antidepressivos são muito eficientes e imprescindíveis no tratamento do Distúrbio Bipolar. Eles devem ser administrados tanto preventivamente quanto no período das crises. Os antidepressivos corrigem o metabolismo dos neurotransmissores, não sendo calmantes e nem estimulantes e não gerando dependência física. As doses necessárias de Lítio serão periodicamente avaliadas através de exames laboratoriais.

Psicoterapia Individual – A falta de controle sobre si mesmo experimentada pelo paciente durante o período de crise é uma profunda ferida narcísica a qual ele terá que dar conta em seu período de estabilidade. O apoio Psicoterápico o auxiliará não apenas durante a crise, mas também no estabelecimento de uma "qualidade de vida" que restabeleça seu equilíbrio egóico e o torne menos suscetível a novas crises.

Psicoterapia Familiar - O Distúrbio Bipolar é visto como uma doença que se espalha no seio familiar, com um poder desestruturante não apenas para o doente, como para aqueles que o cercam mais intimamente. Enquanto um membro familiar padecer da mesma, todos de alguma forma estarão implicados em seus efeitos. A Psicoterapia vem em auxílio a família com o objetivo de melhor orientá-la no auxílio ao paciente Bipolar como também em reestruturar-se diante dos conflitos.



Psic. Ana S. Botto

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