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Psicanálise - Estagnação ou Mudança?

fotopsicanaliseComo diz a Bíblia, no princípio era o Verbo. Deus criou o mundo do caos e o homem, à sua imagem e semelhança. Deu-lhe, de prêmio, o Paraíso e uma ordem: você pode comer de tudo, menos daquela árvore, a árvore da sabedoria, do bem e do mal. O que fez o homem? Desobedeceu a ordem e foi expulso do Paraíso.

É impressionante como esses fatos são repetidos ao longo da história da humanidade. Eu sou o Criador. Se você me obedece, dou-lhe proteção. Caso contrário, perderá todos os benefícios. Vemos traços desse conflito em partidos políticos, religiões, clubes esportivos, grupos adolescentes, gangs de marginais, famílias, empresas, etc. A escolha é dificil : ser protegido e seguro, pertencer ao clã, ou rebelar-se e ser "jogado no fogo do inferno". Ou a submissão, a aceitação e a "paz", ou a curiosidade, a inovação, a rejeição, a "guerra". O inconsciente coletivo encarrega-se de trazer-nos, ao longo das gerações, as características dos nossos pais primitivos, tenham sido eles reais ou lendários.

Quantos herejes foram queimados na fogueira, simbolicamente falando, para que hoje sejamos o que somos? Quantos tentaram fazer uma composição entre as idéias velhas e novas, maquiando as novas formas de pensar, para evitar a condenação e para que elas não parecessem tão ameaçadoras aos detentores do poder, mas deixando , assim, a semente que nos fez sair das cavernas para o novo caos dos tempos atuais?

Valeu a pena? Até onde somos, se é que jamais seremos, capazes de mudar o status-quo e contemporizarmos mudança e paz, poder e crescimento, ciência e limites?

Freud trouxe uma das renovações em princípios que, secularmente, habitavam os corações e mentes da humanidade. Princípios cômodos , que serviam à imutabilidade e à manutenção do poder. De repente ele surge e, com as suas propostas, abala as estruturas do ver-o-mundo de até então. Nem mesmo os seus opositores mais ferrenhos podem deixar de negar-lhe o mérito de reconhecer, no inconsciente, uma força capaz de , como uma represa, romper e acabar com uma cidade ou contribuir para o seu progresso. Ele descobriu como transformar esse potencial energético, de força destruidora, em força construtiva.

Foi combatido, criticado, como todos os inovadores que o antecederam. Porém nada o impedia de aprofundar-se, cada vez mais, na busca de um conhecimento que representou um marco de uma nova conceituação do ser humano.

Acusam-no, com razão, de ter sido contraditório. Com a mesma firmeza que defendia as suas idéias e as alterava sempre que se mostravam insuficientes para explicar um determinado fenômeno, isolava os que ousavam inovar, por iniciativa própria, as posições do Mestre.O direito de renovar, ele próprio se concedia, não aos outros.

Quem lê Análise Terminável e Interminável, a grande obra na qual avalia, já no fim de sua vida, tanto a Psicanálise até aquele momento, quanto a perspectiva para o futuro deste movimento, vê com clareza como ele reconhecia o quanto faltava ser feito. Antevia as modificações teóricas e técnicas que estavam por vir.

Assim, Freud nos indica o caminho da mudança e do crescimento. No entanto, muitos dos seus seguidores parece que entenderam de forma distorcida as suas palavras. Preferem repetir certos traços ancestrais , quando ele expulsava os discípulos que não lhe eram "fiéis'. E, de uma ciência, transformaram a Psicanálise em uma religião. Sào fervorosos, radicais, ortodoxos. Lêem Freud como os crentes lêem a Bíblia, com a mesma postura corporal, a mesma ausência de senso crítico, sem qualquer sinalização que aponte para a mudança. Excomungam os hereges , afastando-os das Sociedades Psicanalíticas e permanecem fechados em sí mesmos, recitando os mesmos mantras.

Como em todo o processo histórico referido acima , outros psicanalistas, que se propuseram a enfrentar as resistências à mudança e o risco da fogueira, propiciaram a possibilidade do atendimento psicanalítico a crianças, idosos, psicóticos, famílias, as Terapias Breves, etc.

Trouxeram, assim, avanços coerentes com o pensamento científico freudiano, uma prática em expansão, que proporciona a expansão dos indivíduos em uma sociedade que não para de evoluir.

Psic. Simone Mello Suruagy

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