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O Rompimento Amoroso

divorcio003" Uma das mais dolorosas experiências na vida humana – e talvez a mais dolorosa – é a separação definitiva daqueles a quem se ama."

Igor Caruso

É grande o número de pessoas que procuram o consultório desestruturadas, após o término de uma relação. O rompimento amoroso significa a morte de um projeto individual e compartilhado, ocasionando uma fragmentação na identidade pessoal.

Ocorre aí uma catástrofe, duas pessoas fundidas numa união dual passando por uma autêntica mutilação do Ego.

"É a morte de vc no outro e do outro em vc"

E o que aconteceu com aquela relação que tantas sensações proporcionou, da vivência máxima de absoluto, quando ainda Paixão ao encontro da completude à dois, quando já Amor?

O encontro da "alma gêmea" é vivida em nossa cultura, como condição sine qua non para a felicidade verdadeira e eterna. Esta aspiração ao Amor Romântico, moldado nos padrões ideológicos do séc XIX, que busca no realcinamento o sentido de felicidade eterna, entra em conflito com as prerrogativas do desejo na atual Cultura do Divórcio.

A relação é vivida como um fato para sempre, baseada na complementaridade de papéis e hierarquia de gênero. Esta ideologia se desorganiza à partir da década de 70 na "Cultura do Divórcio" onde casamento é uma opção, existindo outros caminhos para a satisfação afetiva e sexual. As relações longas se rompem pela busca maior do prazer.

Apesar deste foco no prazer, o amor ainda é imaginado como pré-condição para a auto-realização. O ser amado não é apenas um complemento mas um "duplo". A individualidade é constituída com o outro.

Separação – O Rompimento Amoroso

(Trocando em miúdos – Francis Hime e Chico Buarque)

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu

Mas fico com o disco do Pixinguina, sim?

O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar

As sobras de tudo que chamam lar

As sombras de tudo que fomos nós

As marcas de amor nos nossos lençóis

As nossas melhores lembranças...

A separação impõe a consciência a vivência da morte e, narcísicamente ainda mais dolorosa é a vivência de morte pessoal na consciência do outro. É um problema de morte entre os vivos.

Rompimento de um projeto a dois
É a morte de vc no outro e do outro em vc Morte do outro que permanecerá vivendo
Morte no outro – Passado e futuro

 

As primeiras sensações de que algo não vai bem na relação vem com o aumento das brigas, das acusações, da indiferença. Pouco a pouco um dos parceiros, ou ambos, vai desinvestindo na relação e aquele que era o meio se torna o impedimento. O outro se materializa como fonte de insatisfação, num espaço indizível.

Estas variações de investimento (RELAÇÃO – EU ), é natural nas relações. De acordo com o indivíduo, nos picos de centramento do EU, pode ou não surgir a separação. Como um processo individual, muitas vezes o parceiro nem percebe o descontentamento ou identifica-o como uma crise passageira.

Mas a separação vem e faz sofrer a todos.

Sensação de desamparo pela perda, de falta de controle sobre a própria vida, de incompetência social e sexual, de raiva, solidão, necessidades frustradas, de culpa e arrependimento.

Na separação se rompem as idealizações, onde fenecem as expectativas individuais e familiares, dos amigos e filhos, não existindo os rituais sociais para separados, ocasionando uma grande confusão quanto ao comportamento.

Desinvestir e Elaborar

A perda do objeto amoroso é vivida como uma perda da própria identidade. Elaborar este luto é conseguir separar o objeto perdido do próprio EU.

"Eu perdi algo que eu tinha e não algo que sou."

A elaboração proporciona a compreensão da própria responsabilidade, e a conseqüente recuperação dos projetos de vida. Apesar dos altos e baixos encontra-se a cura para as feridas. É um trabalho de enfrentamento de sí mesmo.

"No fundo do poço tem água e a água reflete a vc mesma"

O enfrentamento do vazio possibilita a revisão do estilo de vida e dos objetivos pessoais. Um re-investimento de energia no próprio EU. Chega-se a compreensão interna de que se rompeu UM projeto amoroso e não O projeto amoroso. De que é possível se reorganizar sem de desmantelar.

A ex. relação é percebida em seus aspectos positivos e negativos, diferenciando o duradouro do transitório. Novas fronteiras são definidas com o investimento em novos interesses e afetos.

70% dos homens e 88% das mulheres se consideram, após 5 anos, que a separação foi uma grande conquista.

Olhos nos Olhos- - Chico Buarque
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Psic. Ana S. Botto

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