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Bullying

Brincadeiras são comuns entre colegas mas quando elas se transformam em verdadeiros atos de perversidade onde apenas alguns se divertem “a custa de outros que sofrem”, isso se chama bullying.

O bullying, comportamento que inclui atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro.

“Claudio tinha 12 anos quando apresento sintomas obsessivos. Não saia de casa e lavava as mãos várias vezes ao dia até sangrarem. No colégio estava sofrendo em silêncio agressões verbais de alguns garotos da escola. Tinha esperança que com seu silêncio as agressões pararem. Puro engano! Os ataques aumentarem e passaram a ser físicos, dentro e fora de sala.

Não suportando mais. Claudio desabafou com seus pais toda a violência que estava sofrendo que por negligência da escola já chegava a socos e pontapés durante o recreio, acompanhado por um circulo de espectadores.

A direção do colégio só resolveu tomar conhecimento do fato quando os pais de Claudio foram a escola mas nenhuma medida disciplinar específica tomou em relação aos agressores. Estamos falando de uma Instituição tradicional de ensino particular de São Paulo.

Sem alternativa, os pais de Claudio trocaram seu filho de escola e até hoje ele está em terapia, buscando recuperar a confiança em seu próximo.”

Se recorrermos ao dicionário encontraremos as seguintes traduções para a palavra bully: indivíduo valentão, tirano, mandão. Já a expressão bullying corresponde a um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica, de caráter intencional e repetitivo, praticado por um bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defenderem. Os bullies escolhem um aluno-alvo que se encontra em franca desigualdade de poder, geralmente este também já apresenta uma baixa auto estima.

bullying11Quais são os personagens do bullying escolar:

1. As Vítimas:

A vítima típica são alunos normalmente tímidos ou reservados que não conseguem reagir aos comportamentos provocadores e agressivos dirigidos contra elas. Normalmente são mais frágeis fisicamente ou apresentam alguma “marca” que as destaca da maioria dos alunos: são gordinhas ou magras demais, altas ou baixas demais; são “caxias”, usam roupas fora da moda... Enfim, qualquer coisa que fuja ao padrão imposto por um determinado grupo pode deflagrar o processo de escolha de vítima do bullying. Os motivos (sempre injustificáveis) são os mais banais possíveis.

p.s. Existe o quadro da vítima agressora. É quando a vítima de bullying procura outra vítima, ainda mais frágil e comete contra esta, todas as agressões sofridas.

 

2. Os Agressores:

Podem ser de ambos os sexos. Possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade, na maioria das vezes essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido, através da força física ou pressão.

Pode agir sozinho ou em grupo. Quando está acompanhado seu poder destruição se amplia.

Apresentam desde muito cedo aversão às normas e não aceitam serem contrariados ou frustrados. Geralmente estão envolvidos em atos de pequenos delitos como furtos ou vandalismo.

3. Os Espectadores:

São aqueles alunos que testemunham as ações dos agressores contra as vítimas, mas não tomam qualquer atitude em relação a isso: não saem em defesa da vítima nem se juntam aos agressores.

Pode ser por um medo absoluto de se tornarem a próxima vítima, podendo ter sido inclusive ameaçados pelos próprios agressores – “Fique na sua, caso contrário a gente vai atrás de você.”

Ou por terem uma atitude ativa velada, apesar de não participarem ativamente dos ataques contra as vítimas, manifestam “apoio moral” aos agressores, com risadas e palavras de incentivos.

A atitude de neutralidade é estimulada socialmente. Tanto os pais quanto a escola impõe aos alunos uma atitude de omissão que é o mesmo que participar ativamente da agressão.

Alguns dos quadros depressivos e ansiosos que tratamos hoje em nossa clínica, são adultos que sofreram bullying no passado e até hoje sofrem emocionalmente suas seqüelas.

Tratar sim, mas precisamos também dizer não a agressão numa posição mais ativa pois, a cordialidade e o respeito nas relações interpessoais são a base para se estruturar uma cultura.

Psicóloga Ana Suruagy Botto

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